segunda-feira, 7 de junho de 2010

TRAGÉDIA DA QUEDA DO AVIÃO EM PACATUBA COMPLETA 28 ANOS

Os cearenses acordaram, dia 8 de junho de 1982, com a notícia de uma tragédia. Por volta das 2h25min, um Boeing 727-200 da Vasp chocou-se contra a Serra da Aratanha, em Pacatuba (a 30 quilômetros de Fortaleza), matando seus 137 passageiros, dentre os quais o industrial Edson Queiroz. Como ele, a maioria das vítimas vinha de São Paulo, onde participaram da Feira Internacional da Indústria Têxtil (Fenit).

Nem todos os corpos foram encontrados por causa da violência da colisão. O resgate foi complicado pelo difícil acesso ao local onde a aeronave caiu. Um enterro coletivo foi realizado, no Parque da Paz.
O acidente foi lembrado, durante 24 anos, como o maior da aviação brasileira. O triste recorde só foi superado pouco tempo depois, com a queda do Boeing 737-800 da Gol, na região norte de Mato Grosso, resultando em 154 mortes.
Parece que foi ontem a explosão do Avião, acontecida há 28 anos. Nada restou do Boeing-727, super 200, da Vasp, e dos seus 137 passageiros e tripulantes. A explosão partiu em milhares de pedaços a gigantesca aeronave e esmigalhou os corpos de todos os que nela viajavam. Pés, mãos, braços, corpos humanos pendiam das árvores e caíam ao chão sobre a mata virgem onde passavam os helicópteros mobilizados no trabalho de resgate. O tenente Bertoldo Lemos, do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Ceará, um dos primeiros a chegar ao local do desastre, disse: "Meu Deus, que tragédia! Não ficou nada sobre nada." José João Ferreira, um agricultor que na época morava na Bica das Andréias (um balneário localizado no meio da estrada carroçável que liga a cidade de Pacatuba à serra da Aratanha) contou aos jornalistas que acordou pelo barulho de uma grande explosão. Disse que saiu muito fogo de cima da serra, mas como era noite e chovia muito, preferiu deixar para mais tarde sua ida ao pico da montanha.