domingo, 3 de abril de 2011

POPULAÇÃO CONSOME ÁGUA DE MÁ QUALIDADE E NENHUMA SOLUÇÃO É ADOTADA

A Secretaria de Saúde de Pacatuba continua cobrando uma solução da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) para a má qualidade da água viabilizada à população local. A água apresenta um aspecto turvo e mal cheiroso. A má atuação da Cagece em Pacatuba já foi amplamente noticiada pela TV e jornais impressos. “É bom que isso seja noticiado, para que a Cagece resolva definitivamente o problema”, avalia o prefeito Zezinho Cavalcante.
Não é de hoje que a Município vem cobrando uma solução da Cagece. Para se ter uma idéia, a Secretaria de Saúde encaminhou em janeiro de 2009 o primeiro de vários ofícios à Companhia, denunciando a situação. Em março de 2010, solicitou que Pacatuba passasse a ser abastecida pelo açude Gavião, o mesmo que abastece Fortaleza. Até então a água vinha do açude Acarape do Meio, bem mais barato para a Cagece, em função da gravidade.
“Como o Acarape do Meio é um açude menor, com muita variação de volume, a água vem meio barrenta. Já a água do Açude Gavião é a princípio, uma água de melhor qualidade”, explica o secretário Rodrigo Teófilo. Apesar da mudança e de várias outras tentativas de acabar com o problema, os fatos comprovam que a situação não foi resolvida. Em função das não adequações, a Prefeitura e a Câmara de Vereadores entraram no ano passado com representação na Promotoria Pública, que entrou com uma representação no Ministério Público suspendendo a cobrança do consumo de água em Pacatuba há aproximadamente 5 meses. “Nós mandamos uma recomendação para a Cagece e a Cogerh (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos) para que a água fosse melhorada. Nada foi feito”, informa a Promotora de Justiça de Pacatuba, Greicianny Carvalho.
Segundo nota oficial encaminhada pela assessoria de imprensa da Cagece, a água captada em Pacatuba é tratada com produtos químicos e analisada a cada duas horas. “O problema do odor está na captação, já que a água é identificada com esse problema nos próprios mananciais. No momento, a Cagece continua a fazer análises na água com a finalidade de cessar o ocorrido”, finaliza a resposta da empresa.
Para uma das responsáveis pela Vigilância Sanitária em Pacatuba, a médica veterinária Jeane Mércia Melo de Campos, o que há é um descaso por parte da Cagece. “Mandamos um ofício para eles em 1º de dezembro e ainda não tivemos resposta”, diz Jeane. Segundo ela, a responsabilidade da Secretaria de Saúde é fazer o controle de qualidade da água todos os meses, o que tem sido feito rigorosamente. “Coletada a amostra, o material é enviado ao laboratório central. Mediante o laudo, a gente envia para o Ministério Público informando como está a água”, diz. Ainda de acordo com Jeane, a Cagece vem cobrando taxa de esgoto de forma exorbitante para compensar a taxa de água que não está sendo cobrada.

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